Primeiro, me desculpem pelo atraso do review, realmente não deu pra finaliza-lo antes! Enfim, vamos a ele:
Depois do cliffhanger desesperador do último episódio, True Blood teve mais um episódio sensacional, começando a preparar o terreno para o final de temporada, que promete ser fantástico. MaryAnn começa a se mostrar como uma vilã muito mais perigosa que podemos imaginar, como pudemos ver em ótimos momentos desse 9º episódio. No mais, os coadjuvantes deram um show a parte, com destaque para Rutina Wesley e Alexander Skarsgard, que só se superam com seus personagens.
E uma raridade na série: o final foi de fato, “um final” (espero que tenham entendido,hehe). E não podia ter sido mais bonito.
Como sempre na série, o episódio começou exatamente no ponto que o outro terminou. A história de Bill e sua criadora foi finalizada de vez numa curta cena, onde ela aparentemente vai embora para sempre. No momento em que ela parte, temos a explosão na casa de Godric. Lá dentro, reina o caos: vampiros feridos, tripas espalhadas por todo lado, algumas mortes… mas Sookie e Jason ficam são e salvos. A loira só se salva da explosão sem um arranhão por causa de Eric, que a protege. No entanto, ele fica gravemente e se aproveita da bondade de Sookie, fazendo ela tirar os pedaços de prata presos nos ferimentos dele… chupando esses ferimentos para tira-los. É, eu sei, absurdamente nojento. Mas foi demais a cara de sacana do Eric quando ela fez isso,hehe.
Quando vi isso, só fiquei esperando o momento em que Bill iria aparecer, e a reação dele diante daquilo. Esperava uma cena inflamada ou coisa do tipo, mas aí lembrei que estou vendo True Blood. Os clichês aqui não são tão comuns. No fim, Bill ficou extremamente frustrado. Tudo porque, ao chupar o sangue de Eric, Sookie acabou se tornando “parte” do vampiro loiro, que agora poderá sentir as emoções dela, além de sempre saber onde ela estará.
Claro, ele mentiu o tempo todo para obrigar ela a fazer isso, ele poderia ter se curado facilmente. Apesar da baita sacanagem, legal ver como Eric é “bom ator”… Ah, não posso esquecer: eventualmente, Sookie vai acabar sentindo uma certa atração sexual por Eric, tudo por ter chupado seu sangue. Isso rende uma excelente cena no episódio, em que Sookie sonha estar na cama com Eric, que aparece bem mais… hã… “sociável” do que é na realidade. Aposto que isso enlouqueceu quem gosta desse negócio de shippers…
Mas são as cenas simples, que em meio a tanta bizarrice e seres fantásticos, acabam se destacando. A conversa entre Sookie e Jason no meio da noite já é de longe uma das melhores cenas dessa temporada e veja só, não envolveu caninos afiados, sangue ou qualquer outro tipo de coisa estranha. Foi apenas… uma conversa. Uma emocionante conversa sobre o fato deles estarem sozinhos no mundo, sem mãe, pai ou a avó para olhar por eles… os dois tem apenas um ao outro. E eu continuo me impressionando com Ryan Kwanten, mais uma vez sensacional e dessa vez, com Anna Paquin junto para completar.
As outras duas tramas da série também tiveram momentos muito interessantes nesse episódio. Com destaque para o relacionamento entre Jessica e Hoyt, já que com relação a MaryAnn, tudo que aconteceu soou mais como uma “preparação” do que está por vir do que qualquer outra coisa. Enfim, voltando ao novo casalzinho da série, Jessica vive um drama, já que tem o poder da auto-cura e acaba tendo o hímen restaurado toda vez que termina uma transa – Acho que todos vocês sabem o que é isso né? – ou seja, sem querer, ela sempre será virgem.
E com isso ressalto mais uma vez o fato do romance entre os dois ser o mais legal de se ver na série. Ela é uma adolescente e ele, apesar de já ser um adulto… se porta como um adolescente, então fica uma coisa legal, principalmente pelo carinho que eles sentem um pelo outro (pegue como exemplo a cena dele cantando pra ela dormir). Achei ótimo Hoyt enfrentando a mãe e dizendo umas verdades pra ela. Ok, soa um pouco maldoso, mas a mulher merecia, vamos admitir. Em casos como esse, é bem compreensível o modo como o filho tratou toda a situação, a velha tem a cabeça mais dura que pedra.
Como eu disse, a trama envolvendo MaryAnn nesse episódio foi mais uma preparação do que está por vir, mas não deixou de ter seus momentos. Ela continua perseguindo Sam, que agora virou uma mosca para não ser pego pela mulher – tá, o cara esperou TUDO ISSO para resolver virar uma mosca, que é o modo mais fácil de fugir? Putz… – mas foi na casa de Sookie que a coisa foi boa. Pela manhã, Tara e Eggs ainda sofrem com os socos e tapas que deram um no outro quando estavam… hã… possuídos (?) na noite passada. E Tara começa a ficar preocupada de vez com tudo isso. Claro que MaryAnn dá um jeito, manipula toda a história e faz tudo parecer algo muito bacana.
Já a noite, os três estão jogando cartas quando Lafayette e a Lettie Mae aparecem para levar Tara. Temos aí uma daquelas cenas icônicas na série: MaryAnn controla Tara e Eggs, deixando eles com aquele aspecto sinistro de possuídos e fazem eles partirem pra cima dos dois. O caos se instaura na casa, com Tara batendo na mãe pedindo pra ela revidar (um negócio meio desesperador), Eggs e Lafayette trocando socos até o momento em que o primo de Tara pega ela pelas pernas e a leva para o carro, longe da casa do Sookie. O berro que a mulher dá é daqueles pra arrepiar até o último fio de cabelo… simplesmente medonho. O que torna a cena marcante é a música que toca ao fundo, uma música country, completamente fora do contexto da medonha briga (e MaryAnn tentando a mãe de Tara com a garrafa de whisky? Bitch…).
Só pra finalizar essa história, ainda temos ela controlando o Merlotte’s inteiro para achar Sam – a cena fez ela parecer ainda mais ameaçadora – e ele se escondendo na casa de… vejam só, Andy Bellefleur. Agora, que história é essa de Andy deixar Sam entrar pelado na sua casa, como se fosse a coisa mais normal do mundo. E por que o transmorfo foi procurar o ex-detetive? Eu hein…
E finalmente chegamos ao final do episódio, belissimo e redentor. A vampira que vive aparecendo na TV para defender os direitos dos vampiros, aparentemente é uma das maiores autoridades entre esses seres – sério, a série precisa explicar melhor essa hierarquia bizarra deles – dá um esporro em Godric, Eric, Bill, a vampira que estava junto com o traidor e… hã… Sookie, que acaba ouvindo a bronca por tabela. Godric acaba assumindo toda a culpa, afinal, ele tinha suas razões e etc. mas a confusão toda aconteceu por causa dele. A loira demite o criador de Eric, que pede perdão por todos os seus erros. E é incrível como, em apenas 3 episódios, consegui simpatizar tanto com o personagem. Pena que no final do episódio, tudo isso acaba…
Que final, não? Provou que nem sempre precisamos de cliffhangers desesperadores para ficarmos ansiosos para o próximo episódio. No telhado do prédio em Dallas, Godric se despede de Eric, que tenta impedir a decisão de seu criador. Num momento raro, o viking extravasa os sentimentos, chorando desesperado por Godric. É comovente. Agora, como eu disse no começo do texto, os clichês não são tão comuns na série, quando acontecem também, são bem usados e ficam excelentes. Como bem observou Cláudia Croitor, do Legendado, a comparação entre Godric e Jesus Cristo, soa sim meio clichê, mas seria um erro criticar isso, porque, como eu já disse, é uma ideia muito bem usada.
O criador de Eric resolve se sacrificar para salvar a todos, humanos e vampiros. A cena é belissima, principalmente pela fascinação dele em morrer ao lado de uma humana, chorando… “lágrimas humanas”. O sol chega e ele queima, mas convenientemente, não de um jeito horrível e gore como Bill queimou no final da 1ªtemporada, mas quase como uma fênix – claro, não esperavam uma morte trash no meio de uma cena tão bonita, certo? – num final emocionante.
True Blood continua nos impressionando a cada episódio, completamente imprevisível e cada vez melhor. Chega a ser difícil imaginar como vai ser a season finale. Será que dá pra melhorar ainda mais?
Nota: 9
Adorei seu comentário. Perfeito! E sim acho que pode melhorar. Quem sabe a próxima nota não será 10! Esta série é fantástica, totalmente diferente e cativante.
Sou fã há muito tempo.
Para mim esse foi o melhor episódio da série até agora!
adorei seu review !!! :))
a cada episódio me deixa com gostinho de quero mais, e cada vez mais a trama vai se desenvolvendo de forma espetacular
Hoyt apesar de ser um homem se torna um adolescente quando está apaixonado ao lado de Jess, e esses momentos são feitos de pura meiguice e de demonstrações de companheirismo qualidade difícil de se encontrar numa época em que o individualismo predomina
e Lafayette tomando as dores perante sua prima, atitude de homem com H maiusculo
e sim, assisto pela HBO Brasil, adorei a posição da tv em passar o seriado com tão pouco tempo entre a sua exibição nos EUA
tomara que esse tipo de coisa venha se extender por diversas séries
:))